Arquivo para download: A atividade plástica do esquecimento - perspectiva nietzschiana, por Maria Cristina Franco Ferraz

Uma vez que esquecer é digerir, o esquecimento nietzschiano não se opõe à memória. Como em toda digestão, o processo se dá no tempo e precisa da paciência requerida pelo tempo. Esquecer é incorporar certos elementos em detrimento de outros. Nesse sentido, a concepção nietzschiana da atividade plástica do esquecimento ultrapassa a dicotomia banal memória/esquecimento. Além disso, como processo que se dá no tempo e que se deixa atravessar e transformar pelo vivido, diz respeito à abertura dos poros dessa interface que é a pele. Portanto, esquecer é todo o contrário da pressa e da lógica da descartabilidade que impregna o regime de vida contemporâneo.

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